Docentes e discentes das quatro universidades estaduais realizam ato público em Salvador pelo #ReajusteJá

Nesta quarta-feira, 12, professoras e professores das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs) paralisaram as atividades acadêmicas, tendo em vista os 8 anos de arrocho salarial e falta de negociação com o Governo Estadual. Como parte da atividade, aconteceu um ato público em Salvador, fortalecido pelo Movimento Estudantil. 

 

Estiveram presentes docentes e discentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), que, ao lado da Adusb, endossaram o movimento. “Os professores e professoras paralisaram para mostrar à sociedade, de forma geral, que é importante saber desse silenciamento que o Governo [estadual] impera sobre a nossa pauta de reivindicação”, explica Silvana do Nascimento, Diretora Regional da Adusb em Jequié. 

 

Durante a manifestação, representantes das associações docentes e movimento estudantil fizeram falas e entoaram gritos em prol do fortalecimento das universidades públicas. “É muito importante que o movimento estudantil esteja percebendo a centralidade desse movimento e fortalecendo os professores, que são as pessoas que estão envolvidas na nossa formação”, lembra a discente Jéssica Fontes. 

 

O presidente da Adusb, Alexandre Galvão, considerou o movimento muito importante para a união da comunidade acadêmica e fortalecimento da luta pelas universidades públicas. Essa foi a primeira paralisação docente do governo Jerônimo Rodrigues (PT), visto que em mais de 100 dias de atuação, não foi sinalizada a abertura de negociação. 

 

“São perdas salariais de 53,33% e um arrocho salarial que já dura 8 anos. É necessário que a gente sensibilize o governador Jerônimo para as pautas das Universidades Estaduais do Sudoeste da Bahia”, compreende a vice-presidente regional da Adusb em Itapetinga, Andréa Gomes. A Secretária Geral da Adusb, Sandra Cristina Ramos, relembrou ainda que o governador, além de ex-secretário Estadual de Educação, é professor universitário. 

 

A passeata teve início na Praça do Campo Grande e finalizou na Praça da Piedade,em Salvador, com participação também do Diretório Central dos Estudantes da Uesb (DCE/Uesb) e outros movimentos sociais. “Não tem condições de existir uma universidade realmente autônoma se os professores não têm uma remuneração justa”, comenta Zoé Meira, discente. 

 

Andréa Gomes ainda conclama as professoras e os professores para fortalecerem a luta. “O lugar do trabalhador e da trabalhadora é reivindicando os seus direitos”, diz. Nesta quinta-feira, 13, o Fórum das Associações Docentes das UEBAs se reúne para discutir quais serão os próximos passos para a mobilização, até que o Governo Estadual decida abrir a mesa de negociação.