Na terça-feira (16), o Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Protestos por Emprego e Garantia dos Direitos reforça como a unidade é possível e fundamental na luta contra a retirada de direitos e os ataques dos governos. Ações ocorreram em diversos estados do país, com panfletagens, atos públicos e paralisação de categorias, sobretudo das que se encontram em campanha salarial.
Em São Paulo, o ato unitário aconteceu na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fiesp, e reuniu nove centrais sindicais: CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical e CGTB.
Cerca de 3 mil pessoas tomaram a avenida para levantar bandeiras comuns em defesa dos trabalhadores. Além da pauta unitária, que defende o emprego e direitos trabalhistas, a Central destacou também, em cartazes e em intervenção no carro de som, a luta contra a terceirização e as privatizações, entre elas do pré-sal e dos Correios, o fim das reformas da Previdência e Trabalhista e ressaltou a importância de construir a greve geral.
“É necessário derrotar o governo Temer, que ameaça nesse momento a classe trabalhadora com o PL 257 e a PEC 241. Com essa ação unitária, devemos lutar pela redução da jornada sem redução salarial, porque só ela vai gerar cerca de 5 milhões de empregos. A greve geral não só é possível como é necessária, para baixar a guarda dos canalhas da Fiesp, que ironizam quando sugerem 80 horas de jornada, quando na verdade são eles os sanguessugas da nação brasileira”, discursou o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.
De modo geral, os representantes das demais centrais sindicais destacaram a importância do ato unitário, de como apenas construindo as lutas em unidade conseguiremos barrar os ataques contra a classe trabalhadora.
Da CSP-Conlutas, estiveram presentes trabalhadores de variadas categorias, como metalúrgicos, condutores, químicos, bancários, trabalhadores dos correios, aposentados e outras. Uma caravana com trabalhadores da GM veio ao ato direto de São José dos Campos, onde há mobilizações importantes e paralisações em diversas fábricas.
Mobilizações pelo país
Em Osasco, o Movimento Luta Popular organizou um protesto com moradores da Ocupação Esperança. A manifestação seguiu até o centro de Osasco, para denunciar o despejo marcado para acontecer dentro de 90 dias
Salvador (BA), os manifestantes ocuparam a Avenida Tancredo Neves, centro econômico da capital baiana, para repudiar a retirada de direitos trabalhistas e sociais, imposta pelo governo de Michel Temer. Depois de percorrer toda a avenida, o protesto se concentrou em frente à Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Juntas, as centrais mostraram força e ressaltam que o trabalhador não pagará pela crise. Greve geral já!
No centro da capital do Paraná, o ato unitário ocupou a Praça Santos Andrade. Entidades como o Sinditest-PR e a Fasubra defenderam a Greve Geral contra o ajuste fiscal e a luta contra o PL 257.
No Rio Grande do Norte, os servidores da saúde participaram do ato unificado também contra a PL que prevê retirada de direitos dos servidores públicos, com congelamento salarial, suspensão de concursos, demissão de servidores, imposição de previdência complementar, elevação de contribuição previdenciárias e consequente precarização dos serviços públicos entre outros prejuízos. O ato, que teve concentração em frente ao Walfredo Gurgel, seguiu em caminhada até o Arena das Dunas.
Em Maceió, sindicatos de servidores federais, como o Sintufal e a Adufal, e de servidores estaduais e municipais, como o Sinteal e Urbanitários, além de servidores da iniciativa privada, se mobilizaram na capital alagoana até a Casa da Indústria.
Em Fortaleza, o dia começou com panfletagem sobre a reforma da previdência realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Confecção Feminina e Moda Intima de Fortaleza, e o ato unificado da capital cearense está programado para começar a partir das 15 h, na Praça da Bandeira.
Fonte: CSP-Conlutas