SIMMP: Nota de apoio aos trabalhadores das universidades estaduais da Bahia

O SIMMP manifesta seu apoio aos trabalhadores das universidades estaduais da Bahia, em especial a UESB, por se tratar da principal referência em educação pública superior do Sudoeste da Bahia.
Considerando que o discurso do ajuste fiscal é parte relevante do que chamamos de Neoliberalismo, esta teoria retrógrada é, sem dúvidas, inimiga da Educação Pública e dos demais políticos sociais, uma vez que todo o seu arcabouço gira em torno do principio da austeridade financeira, que na prática representa cortes drásticos das despesas públicas, se assim for considerada e não como investimento. Não é a toa que já em 2016, o governo Temer impôs a terrível emenda constitucional 95, que estabeleceu um congelamento para o crescimento das despesas públicas associado à inflação por 20 anos. O resultado desse contingenciamento é o já anunciado corte em 30 por cento das verbas das universidades federais em 30 por cento das verbas das universidades federais, a exemplo da Federal da Bahia.
No entanto, não são apenas as universidades federais, administradas desde 2016 por governos de direitas, que são atingidos por essa política de austeridade. As universidades estaduais da Bahia também sofrem com o ajuste praticado pelo mesmo motivo. Por essas e outras questões, os profissionais estão em greve, exigindo do Governo Petista de Rui Costa, coerência com a sua própria história e com as lutas do seu partido, responsável no governo federal pela maior expansão do ensino superior já registrado no Brasil.
As universidades estaduais da Bahia: UNEB, UEFS, UESB e UESC são patrimônios do nosso estado, em especial no mais longínquo interior da Bahia, tendo sido estas as grandes responsáveis, há mais de 40 anos, pela interiorização do ensino superior em nosso Estado.
Muito antes da extraordinária expansão da rede federal pelos governos Lula e Dilma, a Bahia já conhecia essas importantes instituições, pioneiras na facilitação do acesso à educação superior em regiões distantes da capital baiana, o que, inclusive, serviu como base para o fortalecimento dos sistemas de educação do interior, já que a LDB havia modificado os pré-requisitos para que os professores atuassem no ensino fundamental desde 1996. Dessa forma, é inegável a contribuição direta das universidades estaduais da Bahia na diminuição das desigualdades sociais, culturais e econômicas em localidades com profundas desigualdades sociais e econômicas.
Para tanto, é possível considerar que se é verdade que o Governo Rui Costa tem como prioridade, para este segundo mandato, a Educação e pretende implementar um regime de relação mais solidário com os municípios, é de fundamental importância ampliar os investimentos das universidades estaduais da Bahia, inclusive para garantir a formação de profissionais da educação com quantidade e qualidade suficientes para atuar na educação básica no chão dos municípios.

Fonte: SIMMP