Em reuniões com parlamentares, centrais pressionam para impedir votação da reforma da Previdência

Como parte das atividades realizadas durante a semana no Congresso Nacional, as Centrais Sindicais priorizaram nesta quarta-feira (26) reunião com alguns parlamentares.

O objetivo é intensificar a pressão para impedir a votação da Reforma da Previdência que vive momentos decisivos no andamento dos trâmites do Congresso Nacional.

Após indicarem a continuidade da luta em nota oficial das centrais na terça-feira (25), nesta quarta aconteceram três reuniões.

A primeira foi com o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), na qual as centrais expuseram posicionamento sobre o parecer apresentado pelo deputado na semana anterior.

Foi entregue ao deputado a Nota Técnica elaborada peço Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) contendo a avaliação sobre o parecer da comissão e apontando os ataques aos direitos dos trabalhadores.

Na segunda reunião com a liderança da minoria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB), o objetivo foi traçar estratégias no processo de tramitação da reforma.

Por último, uma nova reunião com o deputado Arthur Lira, líder do PP, desta vez para apresentar o relatório do Dieese. Após a reunião de terça-feira (25), o deputado anunciou defender que a votação na Comissão Especial não ocorra nesta semana sob argumentação que há demandas de deputados ainda não atendidas no texto.

A Comissão Especial pode votar essa semana o relatório final sobre a proposta, para que em seguida o texto possa ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados.

As direções das Centrais Sindicais que desde segunda-feira (24) estão realizando ações no Congresso Nacional divulgaram uma nota unificada na terça-feira (25) conclamando as bases sindicais e os trabalhadores a intensificarem a luta e a empregarem o máximo esforço para atuar junto às bases dos deputados e senadores, nos aeroportos, com material de propaganda pressionando-os a votar contra a reforma. A campanha também se dará nas mídias sociais.

O estado de mobilização permanente deve ser discutido em assembleias nos locais de trabalho, escolas, universidades e movimentos.

O dia 12 de julho será convocado como um Dia Nacional de Mobilização, com atos, assembleias e manifestações em todas as cidades e em todos os locais de trabalho. Além disso, o movimento sindical estará unido e reforçando o grande ato que a juventude realizará nesta data em Brasília, durante o Congresso Nacional da UNE (União Nacional dos Estudantes).

O integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, representou a Central em Brasília. 

Fonte: CSP - Conlutas